Representantes de delegações de ao menos dez
países devem ajudar o Brasil a coordenar as negociações do comitê preparatório
para Cúpula de Chefes de Estado da Rio+20. O encontro deveria se encerrar nesta
sexta-feira (15) com um rascunho da declaração final praticamente fechado, mas
ainda há muitos pontos em debate e as negociações vão continuar informalmente.
Os
principais pontos de divergência são a definição de economia verde e a criação de um fundo de US$ 30 bilhões para
financiar ações sustentáveis nos países em desenvolvimento.
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O
porta-voz das negociações do Comitê de Preparação da Rio+20, Nikhil Seth,
confirmou que a delegação do Brasil, como anfitriã da Conferência, assume a
coordenação dos debates entre as delegações de Estado a partir do sábado
(15). “A meta de todos agora é estar com todo ou pelo menos quase todo o texto
fechado até o dia 19, antes da chegada dos chefes de Estado”, disse Seth.
Segundo
ele, foram destacados diplomatas de outras delegações para ajudar o Brasil na
tarefa de coordenação das negociações. Os facilitadores vêm do Canadá, Argélia,
Maláui, México, Austrália, Barbados, Guatemala, Japão, Polônia e Estados
Unidos. “Quando assumem a função de facilitadores, os diplomatas perdem suas
identidades nacionais e viram agentes neutros, dispostos a fazer as partes
concordarem”, afirmou Seth.
Os
facilitadores seriam pessoas com um conhecimento profundo das questões técnicas
e das nuances em discussão, disse Seth à imprensa.
A ação dos facilitadores pode ser uma estratégia do Brasil para dividir a responsabilidade da coordenação. Na quinta-feira (14) o chefe do comitê brasileiro para a Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado, havia afirmado que o prolongamento dos debates poderia ser ruim para os interesses brasileiros, já que a delegação precisaria abrir mão de posições mais radicais para priorizar um entendimento rápido entre os países. O resultado final neste caso, ele afirmou, poderia ser uma declaração mais fraca.
A ação dos facilitadores pode ser uma estratégia do Brasil para dividir a responsabilidade da coordenação. Na quinta-feira (14) o chefe do comitê brasileiro para a Rio+20, Luiz Alberto Figueiredo Machado, havia afirmado que o prolongamento dos debates poderia ser ruim para os interesses brasileiros, já que a delegação precisaria abrir mão de posições mais radicais para priorizar um entendimento rápido entre os países. O resultado final neste caso, ele afirmou, poderia ser uma declaração mais fraca.
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