A greve dos bancários deve prosseguir pelo menos até sexta-feira
(21), segundo a CONTRAF (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro), entidade filiada à CUT (Central única dos Trabalhadores) que reúne
sindicato dos bancários de vários Estados.
De acordo com o presidente da entidade, Carlos Cordeiro, a
falta de uma nova proposta impede o fim da greve. "Pelo menos até
sexta-feira a greve deve continuar. Hoje, não tem acordo nenhum. A Fenaban não
deu sinal de vida até agora", diz. A Fenaban é a entidade que representa
os bancos.
A paralisação inclui tanto bancos públicos quanto
privados. No ano passado, a categoria ficou em greve por 21 dias.
Segundo Cordeiro, os líderes estaduais precisam se encontrar
em São Paulo para negociar, o que impede um imediato retorno dos bancários ao
trabalho.
"Se a Fenaban não nos chamar com uma nova proposta para
negociação, a greve poderá se estender até a próxima semana", afirma.
5.132 agências fecham no 1º dia de
greve
Os bancários fecharam nesta terça-feira (18) pelo menos
5.132 agências e centros administrativos dos bancos em 26 Estados e no Distrito
Federal, primeiro dia da greve.
Segundo o sindicato, a paralisação começou mais forte
que a do ano passado, quando 4.191 agências foram atingidas no primeiro dia. A
greve durou 21 dias em 2011.
Reivindicações
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, com 5% de
aumento real, além de plano de cargos, carreira e salários, maior participação
nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas agências. A proposta
oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial (0,58% de aumento real).
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) afirmou em nota
que "lamenta a decisão dos sindicatos de bancários de recorrer à greve e
confia no diálogo para a construção da convenção coletiva". A entidade
alertou a população de que muitas das operações bancárias poderão ser
realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet banking, telefone e
correspondentes bancários, tais como casas lotéricas, agências dos Correios e
outros estabelecimentos credenciados.
Há quase 500 mil bancários em todo o Brasil, sendo 138 mil
na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A expectativa
do sindicato é que a greve desse ano possa mobilizar mais do que os 42 mil
bancários que entraram em greve no ano passado em São Paulo e na região
metropolitana.
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