quarta-feira, 10 de maio de 2017

domingo, 7 de maio de 2017

Av2 - PED - Lic - Ensino de Matemática

1) Algumas das tarefas do professor ao preparar uma aula são selecionar um ou mais conteúdos e pensar na estratégia de apresentação e investigação deste(s) conteúdo(s). As tarefas do professor culminam no processo de avaliação que deve ocorrer:

Alternativas:

a) ao final de um período determinado;
b) no início de cada aula;
c) ao final de cada aula;
d) no início de um período determinado;
e) antes, durante e após a aula trabalhada. (Alternativa correta)

2) Ao conduzir aulas nas séries iniciais por meio de jogos, é esperado que quando a criança joga, ela imagine o ponto de vista do seu adversário, tome decisões quanto as suas jogadas, compreenda suas intenções ao realizar uma ou outra jogada e se expresse para explicar uma ação ou apenas trocar informações.

Nesse contexto, avalie as sentenças a respeito das possíveis contribuições dos jogos para a aprendizagem.

I. Memorização de algoritmos.

II. Descentralização e desenvolvimento da linguagem.

III. Criatividade e raciocínio dedutivo.

Estão corretas as afirmativas:

Alternativas:

a) I
b) I e II
c) I e III
d) II e III (Alternativa correta)
e) I, II e III

3) A Modelagem Matemática e a Resolução de Problemas estão entre as diferentes alternativas pedagógicas para o ensino de Matemática. Qual das características descritas a seguir é comum a Modelagem Matemática e a Resolução de Problemas?

Alternativas:

a) Investigação de um tema do interesse dos alunos. (Alternativa correta)
b) Construção de um modelo matemático da situação em estudo.
c) Encontrar uma estratégia vencedora.
d) Determinar uma relação com a Histórica da Matemática.
e) O caráter lúdico.

4) Uma maneira de tornar acessíveis conhecimentos que só existem enquanto ideia, como o conceito de número, ou até mesmo como forma de provocar o interesse do aluno, os materiais manipuláveis, tais como ábaco, cartaz de valor-lugar, material dourado, tangram e outros, são utilizados. O material dourado e o cartaz de valor-lugar podem, respectivamente, auxiliar o aluno na ideia de:

Alternativas:

a) trocas hierárquicas e valor posicional; (Alternativa correta)
b) numeral e trocas hierárquicas;
c) valor posicional e numeral;
d) algarismo e valor posicional;
e) trocas hierárquicas e algarismo.

5) No estudo comparativo dos sistemas de numeração é possível constatar a supremacia do sistema indo-arábico e a resistência do povo europeu em adotá-lo. Com essa abordagem histórica a respeito dos sistemas de numeração é possível trabalhar com os alunos qual dos temas transversais indicados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)?

Alternativas:

a) Orientação sexual
b) Pluralidade cultural (Alternativa correta)
c) Meio ambiente
d) Saúde
e) Ética

sábado, 6 de maio de 2017

Cumprimentar ou comprimentar

Vale lembrar que, “cumprimento” e “comprimento” têm significados muito diferentes. E deveria ser causa de estranheza utilizar um em vez do outro.


Para entendermos se as orações iniciais estão em concordância com os significados dos termos utilizados, vejamos:

Vamos observar a frase seguinte: “Vamos cumprir com as regras”. Esta frase está correta, pois “cumprir” aqui tem o significado de executar.
Com esses esclarecimentos, você sabe agora o significado de comprimento e cumprimento


Comprimento é usado no sentido de extensão, tamanho, dimensão. Já cumprimento é utilizado no sentido de saudar alguém, também quando deriva do verbo “cumprir” (executar), como na frase “Ele cumpriu com os seus deveres”.
Exemplos:
  • Estou aprendendo como cumprimentar as pessoas em inglês.
  • Que falta de respeito! Entrou e não cumprimentou ninguém.
  • Soraia sempre me cumprimentou com muita delicadeza e atenção.
A confusão na escrita do verbo cumprimentar surge por associação às parônimas cumprimento e comprimento. Essa associação é, contudo, errada uma vez que, enquanto cumprimentar é cognata de cumprimento, o substantivo comprimentar não possui uma palavra cognata que seja verbal.
O verbo cumprimentar é formado a partir de derivação sufixal, sendo acrescentado o sufixo verbal –ar ao substantivo cumprimento: cumprimento + -ar. Assim, todas as formas conjugadas do verbo cumprimentar deverão ser escritas com u na primeira sílaba, bem como todas as palavras cognatas de cumprimentar e cumprimento.
Palavras da mesma família: cumprimentar, cumprimento, cumprimentado, cumprimentação, cumprimentável,… 
Verbo cumprimentar – Presente do indicativo:

(Eu) cumprimento
(Tu) cumprimentas
(Ele) cumprimenta
(Nós) cumprimentamos
(Vós) cumprimentais
(Eles) cumprimentam

Verbo cumprimentar – Futuro do presente do indicativo:

(Eu) cumprimentarei
(Tu) cumprimentarás
(Ele) cumprimentará
(Nós) cumprimentaremos
(Vós) cumprimentareis
(Eles) cumprimentarão

Fique sabendo mais!

Comprimento se refere ao tamanho de alguém ou alguma coisa, indicando uma extensão longitudinal, vertical ou temporal. Assim, é sinônimo de extensão, distância, compridez, longitude, altura, tamanho, grandeza, duração, tempo, entre outros.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Câmara aprova texto-base da reforma da Previdência

Resultado de imagem para câmera aprova texto base da reforma previdenciária 03/05/2017
A comissão especial da reforma da Previdência na Câmara aprovou nesta quarta-feira (3) o parecer do deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) com mudanças nas regras da aposentadoria. Antes que o projeto siga para o plenário da Casa, resta ainda a análise dos destaques (sugestões de mudanças no texto).
Resultado de imagem para câmera aprova texto base da reforma previdenciária 03/05/2017

O parecer recebeu 23 votos favoráveis e 14 contrários. O resultado foi atingido com folga, já que, para ser aprovado, o relatório precisava de pelo menos 19 dos 37 votos dos deputados da comissão.

O texto estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres para aposentadoria pelo INSS, além exigir pelo menos 25 anos de tempo de contribuição. A proposta cria ainda uma regra de transição para quem já está no mercado de trabalho (veja mais regras ao fim da reportagem).

Depois que a votação for concluída na comissão, o texto seguirá para o plenário principal da Casa. Por se tratar de uma proposta de alteração na Constituição, precisará de pelo menos 308 votos, em dois turnos de votação.

O relator fez mudanças de última hora no parecer para incluir os policiais legislativos federais na mesma regra dos policiais federais, que poderão se aposentar com uma idade mínima menor, de 55 anos.

Para agentes penitenciários, Maia chegou a incluir a previsão de que a idade mínima de aposentadoria poderia ser reduzida até 55 anos, desde que fosse aprovada uma lei complementar no Congresso que estabelecesse essa alteração.
Diante da resistência de deputados, contrariados com a invasão do Ministério da Justiça na terça-feira (2) por agentes penitenciários, o relator retirou a categoria do grupo daqueles que terão aposentadoria especial.

Regras

Entenda as regras aprovadas na comissão especial, em comparação com o que foi inicialmente proposto pelo governo:

Idade mínima

·  Como era a proposta: 65 anos para homens e mulheres, com 25 anos de contribuição.
·   Como ficou: 62 anos para mulheres e 65 anos para homens, com 25 anos de contribuição.

Benefício integral

Av 2 - Inclusão no Ensino Regular

1)
Segundo Carvalho (1999) o conceito de inclusão é "um processo de educar conjuntamente e de maneira incondicional, nas classes do ensino comum, alunos ditos normais com alunos – portadores ou não de deficiências – que apresentem necessidades educacionais especiais".
A ideia da autora sobre inclusão é a de que: 

Alternativas:
  • a)
    O processo educacional dos portadores de deficiência é difícil e complicado, pois demanda muito apoio especializado.
  • b)
    Assim serão cultivados valores como: respeito à diferença, cooperação e solidariedade em prol de uma sociedade igualitária e justa com direito e acesso a recursos e serviços para todos.
    Alternativa assinalada
  • c)
    O conceito de inclusão é subjetivo e cada governo aplica as leis de acordo com as necessidades, atingindo a todos.
  • d)
    Incluir alunos especiais é tarefa fácil atualmente, pois não há mais preconceito por parte das famílias dos alunos ditos normais.
  • e)
    Educar conjuntamente significa que a família do deficiente deverá acompanhar todo o processo de ensino aprendizagem desse aluno.
2)
Sabemos que a educação especial se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais.
Diante dessa consideração, qual é a alternativa correta?

Alternativas:
  • a)
    A educação especial atende somente por meio de recursos destinados ao atendimento de pessoas com transtornos globais do desenvolvimento.
  • b)
    A Educação especial já foi fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determinando formas de atendimento clínico-terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio de diagnósticos, definiam as práticas escolares para os alunos com deficiência.
    Alternativa assinalada
  • c)
    A educação especial atende somente por meio de recursos destinados ao atendimento de pessoas com deficiência.
  • d)
    A educação especial atende somente por meio de recursos destinados ao atendimento de pessoas com altas habilidades.
  • e)
    A educação especial atualmente se fundamenta na ideia de que todos são diferentes.
3)
Integração e Inclusão muitas vezes se confundem. É preciso verificar qual modelo educacional é adotado para poder entender e diferenciar.
De acordo com as ideias de Mantoan, podemos afirmar que:

Alternativas:
  • a)
    Integração é mais abrangente e depende do perfil da turma, o nível de capacidade de adaptação às opções da escola não é verificado, ou seja, tudo é mantido como antes, o esquema não é questionado. Inclusão é a inserção mais restrita do aluno especial, o objetivo é incluir quem foi anteriormente excluído, não deixar ninguém de fora do sistema escolar que deverá se adaptar às necessidades da sala regular ou classe especial.
  • b)
    Integração é mais restrita e depende do perfil do aluno, seu nível de capacidade de adaptação às opções da escola (sala regular, classe especial ou instituição especializada), ou seja, tudo é mantido como antes, o esquema não é questionado. Inclusão é a inserção mais radical, completa e sistemática do aluno especial cujo objetivo é incluir quem não foi anteriormente excluído, não deixar ninguém de fora do sistema escolar que deverá se adaptar às particularidades de todos os alunos.
    Alternativa assinalada
  • c)
    Integração é mais complexa, mas não depende do perfil do aluno, seu nível de capacidade de adaptação às opções da escola é testado e ele decide se frequentará a sala regular, a classe especial ou instituição especializada. Inclusão é a inserção mais radical, completa e sistemática do aluno especial cujo objetivo é atender na instituição e na escola o aluno que foi anteriormente excluído, as atividades deverão se adaptar às particularidades de todos os alunos.
  • d)
    Integração é mais restrita e depende do perfil do aluno, seu nível de capacidade de adaptação às opções da escola (sala regular, classe especial ou instituição especializada), ou seja, tudo é adaptado em função desse aluno. Inclusão é a inserção mais complexa, difícil e necessária do aluno especial cujo objetivo é incluir quem não foi anteriormente excluído, deixar ninguém de fora do sistema escolar somente aqueles que as famílias não concordarem com as adaptações para atender a todos os alunos.
  • e)
    Integração é mais ampla e não depende do perfil do aluno, seu nível de capacidade de adaptação às opções da escola não precisa ser levado em conta, o aluno será encaminhado primeiro à sala regular e depois à classe especial. Inclusão é a inserção mais fácil do ponto de vista escolar, o objetivo é incluir quem não foi anteriormente excluído, não deixar ninguém de fora do sistema escolar que deverá ser questionado a todo momento a fim de se adaptar às particularidades dos alunos especiais.
4)
Leia com atenção:
I – Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial;
II – Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade;
III – Organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais;
IV – Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola;
V – Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI – Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
VII – Ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;
VIII – Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
Assinale a alternativa correta em relação ao que foi descrito acima:

Alternativas:
  • a)
    São atribuições do professor que atua em sala de comum e presta o atendimento educacional especializado, indicadas na Lei 5.692/71.
  • b)
    São atribuições do professor que atua em sala de recursos das APAEs, indicadas na Lei 7.853 de 24/10/1989.
  • c)
    São atribuições do professor que atua na educação básica e presta o atendimento educacional adaptado, indicadas no Art. 13 da Resolução n. 4 de 02/10/2009.
  • d)
    São atribuições do professor que atua em sala de recursos especiais e presta o atendimento educacional especializado, indicadas na resolução CNE/CEB N.2 DE 2001.
  • e)
    São atribuições do professor que atua em sala de recursos multifuncionais e presta o atendimento educacional especializado, indicadas no Art. 13 da Resolução n. 4 de 02/10/2009.
    Alternativa assinalada
5)
[...] é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca (BRASIL, 1994, p.14).
De acordo com o exposto acima, podemos entender que o êxito no processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular vai depender do seu desenvolvimento. Por isso, podemos afirmar que:

Alternativas:
  • a)
    A educação inclusiva depende do trabalho e esforço dos professores.
  • b)
    A integração da família é importante, mas não imprescindível.
  • c)
    A educação de crianças com necessidades educacionais especiais não se limita ao ambiente escolar.
    Alternativa assinalada
  • d)
    Os alunos devem ser analisados pela escola e seus pais devem ser orientados a ajudar nas tarefas.
  • e)
    O ensino regular não consegue suprir todas as necessidades dos alunos com NEE.

Currículo Escolar

O termo currículo provém da palavra currere, de origem latina, que se refere à carreira, a um percurso que deve ser realizado e, por derivação, a sua representação ou apresentação.
currículo escolar, segundo Barros (op. cit. P. 170-1), em sentido amplo abrange todas as experiências escolares. Para Hicks, é a totalidade das experiências de aprendizagem planejadas e patrocinadas pela escola.
Silva (2004) considera que além dos conhecimentos selecionados, há outros eixos norteadores do currículo escolar, que abrangem determinados questionamentos presentes em diferentes tendências curriculares.
Currículo escolar
Para a escolha e seleção dos conhecimentos, nos pautamos, segundo Kramer (1997), em outras concepções, mesmo que estas não estejam claras no documento, no currículo prescrito. Para a autora: (…) toda proposta contém uma aposta, no sentido de que ela, simultaneamente, fundamenta em – e se volta para – seu projeto de educação, um determinado tipo de sociedade, de conceito de homem, de infância e de adolescência (KRAMER,1997, p. 17).
Nessa perspectiva, o currículo pode ser compreendido como meio de nos constituirmos como somos, enquanto sujeitos de direitos, carregados de valores e princípios compartilhados no contexto social do qual participamos.
O currículo escolar, então, já não pode ser atrelado somente a um documento, um registro de conteúdos, tal como era entendido na década de 1920 (SILVA, 2004). Mais que isso, o currículo se constitui a partir das relações estabelecidas entre sujeitos reais, concretos.
O desenvolvimento curricular possui alguns níveis ou fases que se relacionam entre si.
1. Currículo prescrito: são os documentos oficiais que orientam a educação nacional e as propostas curriculares das Secretarias de Estado de Educação.
2. Currículo apresentado aos professores: diz respeito aos documentos elaborados para traduzir as prescrições. Um representante significativo, no contexto brasileiro, é o livro didático.
3. Currículo moldado pelos professores: refere-se aos planos de ação elaborados pelos docentes. Abrange os projetos político-pedagógicos, os projetos educativos e os planejamentos coletivos e/ou individuais.
5. Currículo em ação – são as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores. É o fazer pedagógico propriamente.
6. Currículo realizado – envolve as aprendizagens construídas pelos alunos, o que eles aprenderam em relação aos conhecimentos trabalhos nas instituições educativas.
7. Currículo avaliado – evidencia as relações entre currículo e a avaliação, pois trata do currículo formulado para atender as expectativas das avaliações (externas e dos próprios pais).
Sacristán (2000) coloca que o currículo escolar se constitui no diálogo entre os agentes presentes no contexto educativo. Sabemos que estes agentes são sujeitos, que possuem valores, princípios, posturas que se formam a partir das relações sociais que eles constroem entre si, pautados em sua história e cultura. São, então, diferentes.
A esse respeito, Ferraço (2004, p. 89) considera que as s redes tecidas em meio à articulação dos contextos culturais, políticos, sociais, econômicos, religiosos, familiares…, vividos pelos sujeitos cotidianos, produzem diferentes posturas dependendo das necessidades e/ou interesses pessoais e/ou locais, das histórias de vida, formações, valores e intenções. Com isso, admite-se que o currículo em ação, que se efetiva nas práticas pedagógicas, é distinto, único e contextual. Isto porque no desenvolvimento das práticas perpassam os interesses, necessidades, histórias de vida e formação acadêmica, dentre outros aspectos. Assim, o que está prescrito muda, se modifica e pode até mesmo se transformar.
Na construção das práticas pedagógicas e no currículo escolar moldado pelos professores interferem diferentes fatores, que não podem ser ignorados no cotidiano escolar. Isso justifica a importância de discussões e estudos para a formulação da proposta curricular, ou política pedagógica, das instituições educativas.
A propósito da importância desses debates para esta formulação, fundamentada na avaliação do trabalho pedagógico, Arruda (2007) constatou em sua pesquisa que: nos debates que faziam sobre o trabalho do ano letivo anterior, os professores demonstraram que tiveram a oportunidade de refletir sobre sua atuação docente, discutir suas concepções acerca de criança, infância e educação infantil e construir coletivamente a função pedagógica para essa primeira etapa da educação básica (a que estava registrada no currículo moldado pelos professores e a que se constituía nas práticas pedagógicas) (ARRUDA, 2007, p. 252).
Ferraço (2004, p. 89) afirma que: “os sujeitos cotidianos inventam currículos (…) não se deixam aprisionar por identidades culturais (ou políticas), originais ou fixas.” Os costumes próprios, locais, compartilhados não são uniformes, nem definitivos.
Na construção das ações educativas, eles se constituem ao mesmo tempo em que influenciam o fazer pedagógico. Nesse sentido, reconhecemos ainda que não podemos nos referir à instituição educativa apenas como aquele espaço delimitado, preso entre quatro paredes.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Tatiana Santos. O desenvolvimento do currículo e a criatividade do professor: uma reflexão em busca da qualidade da educação infantil. Brasília, 2007. 252 p. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade de Brasília/ Faculdade de Educação.
FERRAÇO, C. E. Os sujeitos praticantes dos cotidianos das escolas e a invenção dos currículos. In: MOREIRA, A. F. B.; PACHECO, J. A.; GARCIA, R. L. (Orgs.) Currículo: pensar, sentir e diferir. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
KRAMER, Sônia. Infância e currículo: paradoxos, mudanças e riscos.

MOREIRA, A. F. B.; ALVES, M. P. C.; GARCIA, R. L. (Orgs.) Currículo, cotidiano e tecnologias. Araraquara: Junqueira & Marin, 2006a.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. de Rosa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SILVA, T. T. da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo escolar. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
PILETTI, N. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2004